1 - Objetos infláveis
O Exército Fantasma empregou centenas de tanques, caminhões, itens de artilharia, jipes e outros veículos infláveis.
Esses objetos podiam ser reposicionados da noite para o dia, fazendo parecer com que as tropas americanas haviam se movimentado.
A atenção aos detalhes era algo crítico: usava-se uma escavadeira para criar marcas no chão como se fossem rastros dos tanques falsos.
Era preciso tomar cuidado para que civis não chegassem muito perto, como certa vez quando dois franceses em bicicletas conseguiram ultrapassar a barreira de segurança e viram o que pareciam ser quatro soldados levantando um tanque de 40 toneladas.
Quando o cabo Arthur Shilstone foi mandá-los embora, deu a primeira explicação que lhe veio à mente: "Os americanos são muito fortes".
2 - Flashes
De noite, o Exército Fantasma usava flashes para simular disparos e, assim, atrair o fogo inimigo para longe da artilharia americana.
A unidade montava itens de artilharia infláveis a cerca de 500 metros de distância. Os flashes eram produzidos com cartuchos com pólvora, acionados eletricamente.
Linhas telefônicas entre a artilharia real e a falsa eram usadas para sincronizar os disparos reais e os flashes.
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3 - Efeitos sonoros
Engenheiros de som gravaram ruídos de tanques, caminhões, escavadeiras e até da montagem de pontes flutuantes, usadas para cruzar rios.
Diferentes efeitos podiam ser mixados para criar determinados cenários e depois tocados com potentes caixas de som, colocadas em veículos para simular unidades em movimento.
Com um alcance de mais de 16 km, isso não só enganou os alemães como também tropas americanas próximas.
4 - Mensagens fictícias
Na guerra, a maioria das mensagens importantes eram enviadas em código Morse. A inteligência alemã era tão sofisticada que conseguia reconhecer o estilo de cada operador de rádio americano.
Então, os membros do Exército Fantasma tinham de imitá-los, aprendendo a copiar suas técnicas particulares para que ninguém notasse quando a transmissão de mensagens falsas desse lugar à das verdadeiras.
Até hoje, alguns especialistas dizem que isso é impossível, mas o fato é que os integrantes do Exército Fantasma faziam isso rotineiramente.
5 - Tinta e pincéis
Parte do trabalho dessa unidade era criar uma farsa para os espiões alemães infiltrados nas cidades. Chamavam isso de "efeitos especiais".
Se, por exemplo, fingissem ser a 75ª divisão chegando a uma cidade, pintavam os símbolos dessa unidade em seus veículos e circulavam com eles pelas ruas.
Cada caminhão trazia dois homens na parte de trás para fazer parecer que estivessem repletos de soldados. Os caminhões podiam ser repintados com símbolos diferentes e conduzidos pela cidade novamente.
6 - Agulha e linha
Outro efeito especial empregado era costurar nas roupas identificações das unidades pelas quais estavam se passando e depois interagir com os moradores.
Em alguns casos, símbolos maiores cobriam outros menores em um mesmo uniforme para que fosse possível se passar por várias unidades com uma mesma roupa.
Eles podiam ir a um bar e criar uma confusão e remover o símbolo que estava por cima para fazer o mesmo em outro bar. O cabo Jack Masey lembra que suas camisetas ficaram estragadas por costurar e arrancar diferentes identificações nelas.
7 - Generais falsos
Em nome do realismo, o Exército Fantasma criava um quartel-general falso para as unidades pelas quais se passavam, e, claro, isso exigia que houvesse no local um general falso.
Assim, mesmo que fosse expressamente proibido, militares de baixo escalão colocavam as estrelas de generais em seus uniformes para se passar por militares de instâncias superiores.
Em um episódio, um general falso acompanhado soldados armados fez uma inspeção no front. Seu maior temor era se deparar com um general de verdade, o que faria a farsa cair por terra.